Rio de Janeiro – A Polícia Civil mediante a Delegacia Especial de Crime contra o Consumidor (Decon), desencadeou nesta segunda-feira (01/02) uma operação que resultou na interdição de um laboratório protético irregular no bairro de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. Ainda segundo a Polícia Civil, os responsáveis pelo espaço adquiriam itens de cemitérios clandestinos na Região Metropolitana e revendiam para clínicas odontológicas como se fossem novos.
A fraude em questão diz respeito ao material conhecido como “roach”, um tipo de prótese dentária removível. Após adquirir o aparato por cerca de 50% do custo habitual, ele era submetido a um processo químico para que aparentasse ser novo, sendo então repassado às clínicas. Pelo menos dois cemitérios que participavam do esquema foram identificados, um em São Gonçalo e outro na Baixada Fluminense, mas a delegacia especializada ainda busca outros endereços.
Dois suspeitos foram presos em flagrante no local por crimes contra o consumidor e contra a saúde pública, cujas penas, somadas, podem chegar a seis anos de reclusão. As investigações apontam que eles atuavam desta maneira no segmento há pelo menos três anos. “As investigações continuam, e agora vamos contatar todas as clinicas odontológicas que adquiriam as peças. Ao que tudo indica, elas também eram lesadas e não sabiam da procedência do material”, explicou o delegado André Luiz de Souza Neves, titular da Decon.