Luiz Inácio Lula da Silva convidou a senadora Simone Tebet para ser ministra de planejamento, disse um auxiliar próximo a Lula nesta terça-feira. O futuro ministro de Assuntos Institucionais, Alexandre Padilha, disse em uma coletiva de imprensa que Tebet ainda não havia aceitado formalmente, mas observou que seu partido, o Movimento Democrático Brasileiro, havia dado um “sinal positivo”.
Achar um lugar para Tebet em seu gabinete tem sido um dos principais desafios enfrentados por Lula nas últimas semanas enquanto ele monta sua equipe de transição às vésperas de uma posse em 1 de janeiro, com quase metade dos ministros ainda por anunciar. Até agora, Lula principalmente nomeou membros de seu Partido dos Trabalhadores para cargos importantes no gabinete, deixando de fora aliados que o apoiaram na eleição.
Simone Tebet apoiou Lula contra o atual preidente Jair Bolsonaro após abandonar sua própria candidatura à presidência quando não conseguiu chegar ao segundo turno das eleições. Seu apoio foi visto como crucial para a vitória apertada de Lula, ajudando-o a conquistar votos moderados no segundo turno.
O cargo de ministra de planejamento foi primeiro oferecido ao economista André Lara Resende, membro da equipe de transição de Lula, mas ele recusou. Analistas esperavam que uma pessoa amigável ao mercado fosse nomeada para o cargo, mas o mercado receberá bem Simone Tebet, disse o analista Lucas de Aragão, da consultoria Arko Advice em Brasília. “Ela é muito moderada e apoiou todas as reformas recentes nos últimos anos, desde a reforma da previdência e leis trabalhistas até a autonomia do banco central“, disse ele.
Na segunda-feira, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, líder do PT de Lula, disse que não haveria problemas em trabalhar com Tebet, a quem chamou de “muito qualificada” e “alguém que sabe trabalhar em equipe”.
Fonte: Reuters